Click, click, click, anúncio feito.

Estamos na era dos clicks. As redes sociais estão inundadas deles, são fotos de tudo e de nada. Boas e más. Os anúncios também. Uma boa imagem chega. As pessoas querem isso. As pessoas não leem mais. E por causa disso as pessoas não sabem interpretar. E pior, deixam de saber escrever. Abre-se um mail, olha-se o anúncio em segundos. Se graficamente está bem resolvido, está bom. Ler? Para quê? É a era dos clicks, qual teclado. Qual caneta. Basta o click para a foto, seguido de uns quantos clicks do rato de um designer. E olha-se o anúncio ao longe, de pé, a ver se está bom. Palavras? Não, substitui por símbolos que é melhor. Ou por emoticons que também está na moda.

E é assim que nós da comunicação estamos a habituar o mundo. A não ler. A não se informar. A não dar e a não receber mais. A não contar histórias. A não explicar. E um dia, que pode ser hoje, culpamos o consumidor de que ele filtra a comunicação. E esquecemo-nos de que fomos nós que assim os fizemos e quisemos: consumidores de anúncios rápidos, tal qual a rapidez de um simples clique a salvar este texto.

E este post vai sem imagem, propositadamente.
Mas vai com uma música, porque só texto, não chega.

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