Palavras novas? para quê?

“Estás sempre a inventar” ou “tu e as palavras”. Conheço tão bem estas frases. Sempre gostei muito de palavras. Gosto de as decompor e gosto de as pensar. Há uns bons anos atrás, com uma grande amiga minha, criamos um blog chamado Remedeios, palavra que se usa com frequência no Alentejo. Desafiávamo-nos uma à outra com palavras. Uma escolhia a palavra, a outra decompunha-a dando-lhe um significado completamente diferente. O objetivo era só um: combater a inércia mental. O que ganhávamos com isto: nada. O que nos divertíamos: tanto.

“Estás sempre a inventar” ou “tu e as palavras”. Conheço tão bem estas frases. Sempre gostei muito de palavras. Gosto de as decompor e gosto de as pensar. Há uns bons anos atrás, com uma grande amiga minha, criamos um blog chamado Remedeios, palavra que se usa com frequência no Alentejo. Desafiávamo-nos uma à outra com palavras. Uma escolhia a palavra, a outra decompunha-a dando-lhe um significado completamente diferente. O objetivo era só um: combater a inércia mental. O que ganhávamos com isto: nada. O que nos divertíamos: tanto.

Hoje lembrei-me do remedeios após ver esta ted talk. Erin McKean propõe que criemos mais palavras novas e que desafiemos os dicionários atuais. E faz-me tanto sentido. Até porque ao longo dos anos tenho vindo a coleccionar umas quantas. Mas o mais importante é que  novas palavras ajudam a comunicar de uma forma mais conceptual, ou seja: uma palavra = uma definição, enquanto que duas palavras numa só = um conceito, uma ideia. Na verdade isto não é novo, quantos nomes de marcas não surgem assim. Mas além das marcas, era bom que pudéssemos (e quiséssemos) estar mais abertos a esta possibilidade, sem nos fecharmos ao já existente no dicionário. Inventar, imaginar, criar faz falta: em tudo, inclusive nas palavras. Num mundo onde comunicar está cada vez mais difícil (há muitos ouvidos fechados por aí), quem sabe se não é desbravando novas palavras que nos tornamos mais interessantes?

Quanto ao remedeios, por curiosidade, relembro a forma como o descrevemos:

pela amiga: do complemento. assim nasce remedeios. da curiosidade de identificar na ficção a cumplicidade existente na realidade. 

por mim: da vicissitude. da sucessão, variância e alternância dos dias e noites. Da vida, que a nós nos faz metamorfose (na forma de estar) e dos nossos actos, remedeios.

A TED:

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