opinião

“Estás sempre a inventar” ou “tu e as palavras”. Conheço tão bem estas frases. Sempre gostei muito de palavras. Gosto de as decompor e gosto de as pensar. Há uns bons anos atrás, com uma grande amiga minha, criamos um blog chamado Remedeios, palavra que se usa com frequência no Alentejo. Desafiávamo-nos uma à outra com palavras. Uma escolhia a palavra, a outra decompunha-a dando-lhe um significado completamente diferente. O objetivo era só um: combater a inércia mental. O que ganhávamos com isto: nada. O que nos divertíamos: tanto.

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Estava eu a dirigir-me para o carro, estacionado num dos parques de uma cidade alentejana, quando lá longe, me deparo com um cartão no vidro da porta do condutor, bem no meio. Era cor-de-rosa, dia da mulher pois claro. Penso: como é que aquilo estará preso ao vidro? Aproximo-me. Pestanejo. Afasto-me. Todos os outros carros […]

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Deve a sua marca ficar fechada à sua própria personalidade para ser singular? Ou tornar-se-á mais singular aos olhos dos outros, se estes a olharem como um par igual? Será a “personalidade adoptiva” a solução? Talvez  Edgar Morin possa ter a resposta neste seu texto, ainda que o tenha escrito num contexto completamente diferente: