“É com frequência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa grande mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez.” Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda Alemã/Terceiro Reich
Se eu não souber que é mentira, é verdade o que digo?
Se eu acreditar, se tu acreditares, se quem me contou acreditar, onde está a mentira?
O verdadeiro poder da mentira não advém da boca do mentiroso, porque esse, quer queiramos quer não terá sempre o sobrolho franzido e para os mais atentos, o lábio poderá estar a tremelicar e por isso poderá ser apanhado.
O verdadeiro poder da mentira acontece quando já não é dita pelo mentiroso, e passa desse interlocutor para a boca dos que acreditam e dos que a tomam como verdade.
Quando passa essa barreira estamos perante o seu verdadeiro poder. Porque se torna verdade e é dita dessa forma.
Joseph Goebbels, fã incondicional de Hitler e propagandista do partido nazista é um exemplo tenebroso que mostra o poder de uma mentira na boca de quem a acha uma verdade.
Mas felizmente hoje em dia a palavra escrita ou dita já não tem o mesmo valor, porque as barreiras da comunicação estão cada vez mais a desaparecer e há cada vez mais a necessidade de confirmar o que se ouve, o que se diz. Não é por acaso que a Google tem o sucesso que tem. Temos diariamente fome de pesquisa.
Cabe a quem comunica, saber que no séc XXI não basta o dom da palavra e uma boa política de RP, para que as pessoas acreditem. É preciso outros recursos, outros meios, uma integração completa da comunicação, mas mais do que isso, é preciso que seja verdade.
Porque mais cedo ou mais tarde, o que não está certo tem um fim.